Gestão da volatilidade em um portfolio de criptomoedas — parte 1
Fala pessoal, aqui é o Ruan, tudo bem?
Quando conversamos entre amigos e alguém traz o assunto de criptomoedas, Bitcoin, Ethereum, etc… sempre surge junto o assunto volatilidade.
Pensando nisso resolvi escrever este post e outros sobre este tema virão na sequência. Enfim, vamos ao python.
Olhe o gráfico abaixo. Para fins de comparação, quando colocamos os retornos mensais percentuais do Ibov e do Bitcoin um ao lado do outro, conseguimos ver claramente essa maior volatilidade do Bitcoin em relação ao Ibov.
Repare que há meses com grande altas e outros com grandes quedas. A volatilidade se mostra ainda maior quando comparamos o Bitcoin com outras criptos como o Dogecoin.
Sim, de fato, é volátil. Mas como podemos administrar essa volatilidade?
Uma boa forma é através da diversificação. Explicando de forma bem simples:
Suponha que você tem dois ativos para escolher: um com muita volatilidade e outro com pouca volatilidade.
Se você alocar 100% do seu dinheiro no ativo volátil, mesmo que seu retorno possa ser maior, seu risco será maior. Agora se você diversificar e alocar um pouco do seu dinheiro em cada um dos ativos, seu risco de ter uma grande queda fica menor. Um ativo balanceia o risco do outro.
Aí você me pergunta: “Você está me dizendo Ruan, que se eu pegar minha carteira de criptos e diversificar com outras criptos, meu risco pode ficar menor?
Exatamente.
Por exemplo: Um portfolio com 100% de alocação somente em Dogecoin, em um período de 2015 a 04/2021, apresentou um desvio padrão/volatilidade de 72.64%.
Vamos considerar uma diversificação com 30 criptomoedas.
Existem algumas formas de ponderação destes 30 ativos que poderíamos utilizar na montagem no nosso portfolio (p. ex.: low variance, equal weighted, capweighted, etc.). Posso falar sobre essas outras formas em outros posts.
No nosso estudo vamos considerar pesos iguais entre os ativos (equal weighted). Cada uma das criptos teria 3.33% de alocação dentro da nossa carteira.
Aplicando a multiplicação de matrizes de pesos e covariância entre os ativos e com cada ativo contribuindo para o risco do portfolio desta forma:
Chegamos a um risco de 52.21% para este portfolio, bem melhor do que os 72,64% anteriores.
No próximo post, vou trazer outra forma de amenizar a volatilidade do portfolio, através da alocação por contribuição do risco.
Abraços e até lá!